Parece mentira mas não é. Uma recém-formada associação de Juristas espíritas quer que cartas psicografadas sejam aceitas como provas em julgamentos! A ilegalidade é flagrante! Vamos analisar um pouco do que pensam os juristas em vermelho. A íntegra do texto está aqui.
"O Estado é laico, mas as pessoas não. Não tem como dissociar e dizer: vou usar a minha fé só dentro do centro espírita", afirma o promotor Tiago Essado, um dos fundadores da AJE.
Embalada na esteira do crescimento da Abrame (Associação Brasileira de Magistrados Espíritas), que hoje reúne 700 juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores, e que aceita apenas togados como membros, a AJE surge com uma proposta de abranger todos os operadores do direito e já conta com 200 associados ou interessados, entre promotores, delegados de polícia e advogados, além de juízes.
"Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim ou por você e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém", diz Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do CNJ, designado pelo conselho para falar a respeito das associações.
Não enxergaria diferença? Então melhor ir ao oftalmologista, pois precisa de novos óculos para poder ler a Constituição. É ilegal. Além do mais, não dá pra aceitar uma prova que não possui base científica. Se for assim, "espíritos" podem baixar muito convenientemente para provar o que for mais cômodo ao réu.
Segundo Zalmino Zimmermann, juiz federal aposentado e presidente da Abrame, o propósito da associação "é questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar".
Essa história não pode ir pra frente. Caso essa influência se consolide, o pouco de Justiça que há no Brasil vai para o mundo dos mortos.
Fiquem com Deus e divirtam-se,
Fernando.
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